Um desastre!

"Com relação especificamente ao amor, isso significa:  o  amor  é  uma   força   que  produz  amor; impotência é a incapacidade de produzir amor. Este pensamento foi belamente expresso por Marx: “Imaginai — diz ele — o homem como homem e sua relação com o mundo como uma relação humana, e só podereis trocar amor por amor, confiança por confiança, etc. Se quiserdes gozar a arte, devereis ser uma pessoa de preparo artístico; se quereis ter influência sobre outras pessoas, devereis ser uma pessoa que tenha sobre outras pessoas influência realmente estimulante e promotora. Cada uma de vossas relações com o homem e com a natureza deve ser uma expressão definida de vossa vida real, individual, correspondente ao objeto de vossa vontade. Se amais sem atrair amor, isto é, se vosso amor é tal que não produz amor, se através de uma expressão de vida como pessoa amante não fazeis de vós mesmo uma pessoa amada, então  vosso amor é impotente, é um desastre.”

É a segunda vez que leio "A Arte de Amar" e é a segunda vez que essa citação me faz pensar.
Já escrevi sobre amor, já amei (eu acho), já repensei minha visão e descobri que não sei ao certo o que é amar. A única coisa que eu sabia, é que eu era capaz de amar. Aparentemente eu sou um desastre! rs
O amor é algo tão presente como tema das nossas vidas e do cotidiano, que a gente acaba influenciado pela fantasia de como ele devia ser.
Nos filmes é sempre mais fácil. A verdade é que a vida real dá exemplos constantes de como o relacionamento humano é complicado.
Esses dias surgiu um casal novo: ele eu conheço o suficiente, ela não. Bom, a menina conseguiu errar 3 vezes em uma única palavra para uma simples demonstração de afeto. Isso porque ela não o conhece o suficiente. Eu sei que ele acha horrível quem escreve errado, fala tatibitati e morre de saudade depois de 1 ou 2 dias sem se ver. Achei engraçado e trágico ao mesmo tempo. Apesar de errar 3 em 1, é por ela que ele se apaixonou.(Eu, as vezes, erro muito mais)
Aí eu fico pensando, como é possível se relacionar e continuar sendo nós mesmos?  E mais, como é possível  explicar o sentimento humano? Não estou falando de amor, mas de paixão - aquela explosão maravilhosa que a gente sente algumas vezes na vida e que até o ar que a gente respira parece diferente e tudo nos inspira. Ouvi dizer que, quimicamente, a paixão dura cerca de 3 meses. Faz sentido.
Mas e o amor? Porque, ao contrário da paixão, ele é tão difícil de explicar? Bom, de acordo com o livro "A Arte de Amar" de Erich Fromm, amar é uma tarefa que, tal como a arte, deve ser aprendida e exercitada.
Ele coloca a questão, também, do que é considerado atraente e como buscamos ser atraentes para sermos merecedores de amor.
Pessoalmente, sempre quis ter um amor que fosse mais simples, do simplesmente gostar sem ressalvas. Estou vendo que a coisa é mais complexa. Portanto, deixo o amor em suspenso, porque cansei de sofrer por algo que nem entendo.

Comentários

  1. Frase sábia: "O amor não é aquilo que você passa a vida inteira tentando definir. O nome disso é abdômen. O amor é outra coisa."

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  2. Sei que você não concorda... mas ainda acho o amor simples. A paixão é que é complicada. Se tá complicado, não é amor.

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  3. Olha sou adepta do amor simples, é aquele em que vc ñ fica se torturando pensando se liga ou não liga. Liga logo.
    Não gosto de jogos e artimanhas e comecei minha relação assim logo no inicio disse quem era e td mais, ele quis ótimo.
    Temos 4 anos de namoro e moramos juntos a 6 meses quimicamente a paixão acabou. Mas quem disse que isso é uma verdade irrefutável.
    Sempre pergunto se a vida dele é mais feliz agora e ele diz que sim. Que prefere quem é agora e tudo mais. Se é realmente verdade se ele mente acho que não por tudo que vivemos.
    O fato é; o conheci qdo perdi a fé no amor. E isso fez uma diferença incrivel.
    Não vivemos as relações de filmes e dai que ele ñ sabe comprar presente pra mim??? ótimo eu escolho é melhor!!!ninguem é perfeito nem ele nem eu e a simplicidade está em aceitar isso acho.
    beijo enorme até daqui a pouco.
    Ahhhh e a exemplo de Ana C ñ vivo morna pode ter certeza que vivo a intensidade de cada momento junto com ele

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